Olá Pessoal, Tudo Bem? Vou falar um pouco hoje, de um assunto que gosto muito, e acho totalmente válido para o cenário de TI em que estamos vivendo e que vamos viver num futuro próximo, a GREEN IT.

Green IT ou TI Verde é uma nova tendência mundial voltada para os possíveis impactos que os recursos tecnológicos proporcionam ao meio ambiente. Não é de hoje que sabemos que a cada ano que se passa, o aumento no uso da tecnologia está cada vem mais acentuado. O avanço desmedido neste consumo, pode implicar diretamente em diversas áreas que não estão relacionadas diretamente com a TI, como por exemplo o meio ambiente. Aí você me pergunta: " – Gustavo, você está louco? Pinel, Pirado, Maluco, Doidão de Velotrol, Mais louco que o Batman? O QUE T.I. TEM A VER COM MEIO AMBIENTE?". Eu diria à você: " – TUDO MEU AMIGO!". 🙂

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E ainda faria outros questionamentos que seriam: "- Você sabe pra onde vai o Mouse que sua empresa joga fora?", " – Ou, quando uma memória RAM de sua máquina queima, ou processador ou até mesmo qualquer componente eletrônico, para onde vai?" Você me responderia certamente: " – UAI, PRO LIXO! PRA ONDE MAIS DEVERIA IR?" Pois bem, dos anos 2000 pra cá houve um aumento significativo dos resíduos eletrônicos, oriundos obviamente de um aumento exponencial do consumo de tecnologia, falado anteriormente. Isso fez com que a indústria e as autoridades ficassem preocupadas com o destino desses materiais, crando essa nova tendência chamada GREEN IT ou TI VERDE. Essa tendência engloba o cumprimento de legislações ambientais, diagnóstico dos aspectos e impactos ambientais de atividades relacionadas à área da TI, para que seja possível criar e desenvolver planos de ação com o objetivo de eliminar ou diminuir a agressão ambiental. Ahhhh, entendi. Então é simplesmente um conjunto de regras para que eu não descarte de maneira inadequada produtos eletrônicos e etc?

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NÃO É SOMENTE ISSO! Existem outros aspectos que devemos levar em consideração, como por exemplo o consumo de energia. Poucas pessoas sabem mas, o simples fato de uma empresa escolher a virtualização em nuvem de um servidor, reduzindo assim seu consumo de energia (pois o recurso estará utilizando energia de um datacenter já ligado devidamente, ou seja, consumindo o que já iria se consumir com ou sem esse serviço hospedado), é uma decisão "VERDE". Não só a virtualização, mas a diminuição do uso do ar condicionado nos datacenteres, o simples fato de você alterar o seu esquema de energia no Windows, Linux ou qualquer outro sistema operacional, contribui e muito para o meio ambiente. 🙂

Poxa Gustavo, que legal! Mas eu faço isso tudo, na minha casa, no meu trabalho, etc. Mas de que adianta eu fazer minha parte, sendo que vem uma empresa que fabrica os componentes e simplesmente polui pra mim e pra mais 1000 pessoas diariamente. Não será um esforço em vão?

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Alguns fabricantes de equipamentos eletroeletrônicos já estão fazendo sua parte. Existem alguns programas e diretivas que visam o reaproveitamento de materiais velhos e inutilizados, por meio de reciclagem. Outras diretivas como a RoHS (Restriction of Hazardous Substances), criada em 2006, que proíbe que certas substâncias perigosas sejam utilizadas em processos de fabricação, como por exemplo:cádmio (Cd), mercúrio (Hg), cromo hexavalente (Cr(VI)), bifenilos polibromados (PBBs), éteres difenil-polibromados (PBDEs) e chumbo (Pb).

Essa diretiva entrou em vigor na Europa no dia 1º de Julho e desde então nenhum produto utilizando essas substâncias foi vendido por lá. Algumas empresas já utilizam essa diretiva na fabricação de seus produtos como por exemplo a FURUKAWA, NOKIA, SONY, TOSHIBA, PHILIPS, APPLE e etc.

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O Greenpeace, liberou uma pesquisa em 2010 onde várias empresas foram fiscalizadas. Vários quesitos foram analisados como recliclagem, substâncias perigosas e descarte seguro.

 

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Abaixo um review tirado do site oficial do GREENPEACE.

Nokia – Pontuação: 7.3 – Permanece em 1° lugar, perdendo pontos em relação à última edição por não apoiar uma legislação mais severa para a Restrição a Substâncias Perigosas (Restriction of Hazardous Substances – RoHS, do inglês).

Sony Ericsson – Pontuação: 6.9 – Entra no 2º lugar do ranking graças à boa conduta com tóxicos: é a primeira empresa a obter pontuação máxima em todos os critérios químicos avaliados.

Toshiba – Pontuação: 5.3 – Traz progressos na eliminação de tóxicos, mas falha em apresentar metas consistentes para maiores diminuições no futuro e por não apoiar novas diretrizes para o acordo de Restrição a Substâncias Perigosas (RoHS).

Philips – Pontuação: 5.3 – O fraco apoio à revisão de RoHS mantém a Philips no 4º lugar, apesar de sua boa pontuação nos quesitos químicos e energéticos.

Apple – Pontuação: 5.1 – A subida continua para a Apple, que em três edições passou do 11º ao 5º lugar.

LG Electronics – Pontuação: 5.1 – Promessas não cumpridas impediram a empresa de subir no ranking. Ter todos os produtos livres de toxinas até o fim de 2010 já não é factível.

Sony – Pontuação: 5.1 – Boa atuação em cortes e compensações de emissão de gases de efeito estufa. 75% da linha de laptops Sony Vaio já preenche os principais requisitos de uso energético.

Motorola – Pontuação: 5.1 – Pequena queda no ranking, graças ao fraco apoio a uma legislação mais rigorosa no acordo de Restrição a Substâncias Perigosas (RoHS) e ao posicionamento pouco definido sobre a completa eliminação de PVC, CRF e BFR no prazo de três a cinco anos.

Samsung – Pontuação: 5.1 – Queda drástica para a Samsung, que passou de um glorioso 2º para o 7º lugar, penalizada recentemente pelo não cumprimento dos acordos firmados.

Panasonic – Pontuação: 4.9 – Nada muda para a Panasonic, empresa com boa pontuação em energia, mas fraca em lixo e reciclagem.

HP – Pontuação: 4.7 – Melhorou de posição graças ao apoio global à redução de emissões de gases do efeito estufa, mas peca pela falta de suporte à nova legislação sobre tóxicos (RoHS).

Acer – Pontuação: 4.5 – Nada muda para a Acer, que se fortaleceu no apoio à nova legislação de substâncias perigosas.

Sharp – Pontuação: 4.5 – Perde pontos por não deixar claro seu posicionamento sobre eliminação de tóxicos e nova legislação de químicos.

Dell – Pontuação: 3.9 – Fraca no critério de energia, a empresa teve pontos retirados também por não cumprir o prazo de fim de 2009 para a eliminação de PVC e BFR.

Fujitsu – Pontuação: 3.5 – A empresa melhorou no ranking por apoiar medidas de redução global de emissões de gases do efeito estufa e por ações mais concretas dentro de casa.

Lenovo – Pontuação: 2.5 – A posição da empresa permanece a mesma, com pontos perdidos graças ao não cumprimento das metas de eliminação de PVC e BFR até o fim de 2009.

Microsoft – Pontuação: 2.4 – Perdeu pontos pela falta de adesão a uma nova legislação para o uso de substâncias perigosas.

Nintendo – Pontuação: 1.4 – A empresa segue no mau exemplo, com nenhum ganho de pontos.

E você? Já pensou em sustentabilidade e GREEN IT hoje?

Em breve, novos post a respeito e principalmente como se tornar um profissional certificado em GREEN IT.

Um forte abraço!

Enjoy! Rock! |..|,